Cada integrante é parte fundamental do processo criativo, e contribui a seu modo para a composição dos trabalhos e das temáticas.

​Com direção artística de Ana Luiza Ciscato, a Lápis de Seda reúne dez bailarinos com diferentes capacidades e formações. Um elenco diverso, com 60% considerados pessoas com deficiência intelectual e/ou motora. As apresentações da Lápis de Seda já aconteceram em teatros, auditórios, espaços fechados e ao ar livre, ocupando espaços e investigando diferentes formas de incorporar a tensão entre arte e cotidiano, pensando as relações entre espaços físicos e acordos sociais do pertencimento de cada um nos espaços da cidade

CONVITE
AO OLHAR

2014

Convite ao Olhar é o resultado de um longo processo de criação e desenvolvimento da Cia. O espetáculo foi apresentado vez em 2014 e, desde então, já viajou por diversas capitais do país, sempre agregando novas movimentações e propostas gestuais, conforme o elenco, desenvolve sua própria identidade. Por isso, gostamos de dizer que esse trabalho é uma “via de mão dupla”, foi uma plataforma relevante para a transformação dos bailarinos, e se transforma constantemente para mostrar ao público as capacidades cada vez maiores que adquiriram de expressar suas identidades por meio da dança. O conceito, no entanto, permanece o mesmo: uma metáfora para a solidão, que sempre foi o lugar natural dos “diferentes” na sociedade.

Espetáculo premiado em 2015 pelo Elisabete Anderle em Santa Catarina

SERÁ QUE
É DE ÉTER?

2017

 A jornada da Cia. e a permanente busca de eficiências versus deficiências, do que nos une versus o que nos segrega, é evidenciada na tradução coreográfica das canções e poéticas propostas por Chico Buarque. Ao invés da negação, a evidência; no lugar da ocultação, a valorização, a descoberta de outros lugares de aceitação, a crença de formas singulares de convivência coletiva, o desejo de pertencimento e de encontro. Criação coreográfica colaborativa, a partir de improvisações direcionadas.

Com música ao vivo e direção musical e os arranjos de Luiz Gustavo Zago, o espetáculo propõe uma experiência musical e visual que vai além do palco, mostra a importância das singularidades na construção de novos significados coletivos.

NÓS

2020

Dando continuidade à pesquisa desenvolvida pelo grupo, Nós aprofunda a investigação da Cia. sobre aspectos que dizem respeito ao universo subjetivo dos bailarinos e bailarinas, trazendo à cena angústias, preocupações, insights e descobertas relacionadas às suas vivências cotidianas. Nós, de coletivo, dos desafios da vida em sociedade; Nó de amarrar, de se entrelaçar, de dar um nó na cabeça: diversos tipos de violência e bullying praticados cotidianamente contra pessoas consideradas "com deficiência", assim como sua própria percepção do mundo e das dificuldades e particularidades vivenciadas na busca pela auto expressão por meio do movimento (limitações, sensações, emoções e experiências variadas) são abordadas na concepção do trabalho: "nós" que existe em nós, o que somos na essência e o que apresentamos ao mundo.

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A escolha pela realização de uma instalação artística, utilizando a tecnologia, o trabalho virtual e a performance com apenas dois bailarinos de forma presencial, foi relacionada à crise da pandemia de COVID-19. A partir de uma alternativa “segura” de realização, buscamos a aproximação com o público, com a natureza, com a cidade, interferindo nas relações que nelas se estabelecem. Essa se apresentou como uma possibilidade muito próxima a um conceito importante da Cia.: sempre buscar a “contaminação mútua” entre artista e transeunte, palco e plateia

 

MASCULINO DIVERSO

2022

Criação coreográfica que reflete gestos e movimentações que o grupo vivencia fora dos palcos: nas ruas, nas casas, nas famílias e comunidades. Uma tentativa de resposta a uma pergunta que vem, cada vez mais, se tornando parte da vida em comunidade: “o que é ser Homem?”

Tentar responder a essa pergunta é um processo de descoberta, de explorar as próprias expectativas e sentimentos mais íntimos - e isso é mostrado de uma forma acessível, leve e sensível, tanto para o público quanto para o elenco. A proposta é mostrar toda a energia que se vai nessa tentativa de se enquadrar a um modelo normativo da masculinidade - essa energia é retratada por meio de molduras, que “enquadram” e "desenquadram" os bailarinos em diferentes situações.

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Essa jornada se relaciona profundamente com a jornada de autodescoberta da pessoa com deficiência e de todos aqueles que são considerados “diferentes”. Acompanha o espetáculo de quarteto musical com composições autorais.

DESAPEGO

Desapegar-se do que nos apaga, limita e incomoda - são essas questões que o espetáculo de dança da Cia. Lápis de Seda, Desapego, propõe.

O “Desapego” representa as diversas versões de nós mesmos, a energia que despendemos no esforço de nos enquadrar nos moldes socialmente estabelecidos e a necessidade de rompê-los. A importância de encontrar nossa identidade, a forma própria de atuar no mundo. Desapegar o que não é genuíno, apegar o que faz parte da nossa construção de identidade.

Nessa criação, o trabalho da coreógrafa da companhia Ana Luiza Ciscato se desenvolveu a partir dos movimentos trazidos pelos próprios bailarinos por meio de improvisações dirigidas e laboratórios produzidos com o tema do espetáculo. Roupas fluidas e elementos cênicos como molduras, bancos e muletas também compõem a linguagem visual da apresentação.

 

CONHEÇA O
NOSSO PROJETO

UM NOVO OLHAR é a plataforma desenvolvida pela Cia. de Dança Lápis de Seda para aulas e cursos online com foco na pessoa com deficiência, seus familiares e redes de apoio. Professoras de dança, psicóloga e assistente social fazem parte da equipe multidisciplinar responsável pela primeira etapa do projeto, que acontece em 2022.

A plataforma promove inclusão digital e educação à distância com foco no desenvolvimento artístico e de vida dessa comunidade, de uma forma inovadora e segura

 

Confira o projeto

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